quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Manto do DM #0: Campanha para AD&D 1E

Neste sábado, após um longo hiato, irei iniciar uma campanha de AD&D. Para isso utilizarei a primeira edição do jogo e a ideia é usar este espaço para registrar minhas experiências e ideias com todos vocês.

A escolha do sistema foi baseada no mais puro saudosismo após folear o Dungeon Master's Guide e constatar como este jogo, em toda a sua bagunça imperfeita, é fascinante. Absorvi muito das ideias de Gygax no último dia e pretendo colocar isso em prática. Nada mais justo que usar o tomo original para isso.

O tom do jogo será predominantemente sombrio e espero que a letalidade da primeira edição cumpra o seu papel de fazer com que os personagens-jogadores sejam aventureiros que tentamser heróis - ao invés do contrário.

O cenário se chama Carcássia e será desenhado de dentro pra fora" e eu não tenho nenhum mapa em escalas continentais. Tudo que tenho são algumas anotações sobre o cenário e é sobre isso que este post inaugural irá tratar.

A campanha irá iniciar na vila de En, no extremo noroeste do Reino de Verania. Ele é um vilarejo simples, que vive principalmente de atividades pastoris (principalmente ovelhas) e uma agricultura praticamente de sub-existência. Os impostos são pesados e boa parte da colheita anual é levada pelos cobradores de taxas, apesar que é difícil En ser lembrada por ser paupérrima e não seria incomum se o Xerife não estivesse disposto a fazer uma viagem de três dias apenas para colher alguns grãos.

Os moradores são praticamente colonos de uma terra afastada. Os personagens serão habitantes locais ou habitantes da Floresta Rubra: Caçadores, Druidas e Elfos. Logo, ao menos que um dos jogadores apresente um bom motivo, o jogo irá ser composto de humanos e, no máximo, um elfo.

Este ano, o Festival da Colheita (celebrada no dia 31 de Outubro) será um pouco diferente, e algumas coisas estranhas irão acontecer dias antes do festival.

Obviamente, é até aqui que eu posso descrever sem estragar a surpresa. Mas veja como existe um "funil" na descrição do cenário. Particularmente eu gosto dessa forma simples de estabelecer um cenário. Eu começo com uma localidade pequena e alguns fatos simples:

Vilas, reinos e o mundo que o cerca: A vila está em um Reino e em um Continente, mas pouco ou nada se sabe sobre o que tem em volta. Esta é uma situação particularmente comum para moradores de um vilarejo isolado em um mundo quasi-medieval.

Localidades interessantes: Existem algumas localidades (no caso, uma Floresta) que permitem explicar a presença de Raças e Classes. Eu deixo isso para os jogadores formularem e irei responder a isso de acordo com as escolhas de cada um durante a criação de personagem.

Eventos e datas: Existe um evento (no caso, o Festival da Colheita) e eu dei uma data para ela (Véspera do Dia dos Mortos). Veja como usar o nosso calendário gregoriano me permite traçar um paralelo com os costumes do nosso mundo e da nossa história. Isso me poupa muito trabalho em descrições e eu já estabeleço uma familiaridade entre os jogadores e um evento que os personagens certamente conhecem. Então, eu não preciso inventar um novo calendário com nomes cretinos que substituem os dias da semana ou meses para fazê-los acreditar que se trata de Fantasia. Na verdade eu posso usar isso ao meu favor,

Esses são os elementos básicos - os ingredientes da receita. Como preparação da aventura irei anotar alguns nomes típicos, um esboço do mapa e alguns cenários e encontros estarão na manga quando eu precisar. Estas anotações estarão em um caderno quadriculado que me servir para organizar as Notas de Campanha, dividas por sessão. 

Nada muito complicado, mas se algum elemento importante surgir (como um NPC, evento ou local) eu terei como consultá-lo para uso posterior.

Agora é aguardar até sábado e ver no que isso vai dar.

TAVERNEIRO LOUCO
Hail Gygax

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